quinta-feira, 26 de março de 2009

Friday

Querida Emma,



























Missing you,
Brooke

terça-feira, 24 de março de 2009

up up and away

Querida Brooke,

Vou estar duas semanas fora. Duas semanas em Londres. Não tenho mesmo nada de importante para te dizer...apenas que me vou estar a divertir enquanto tu vais vegetar. Em casa. Durante duas semanas. Sem mim.
Muahahaha! 

(vou tão parar ao inferno...)


Emma

terça-feira, 17 de março de 2009

Acho que sim

Querida Emma,

My foot's asleep and so is my brain. If I'm in pain then I don't feel it, my face should reveal it. I am grinning as they're cutting me in half, and all I can do is laugh.

I am frantically flailing, woozy inhaling these fumes that don't put me to sleep. Taking drugs that wont cure me, so I'll just stay pure, please relinquish those secrets you keep.


I am cold unfeeling and odd and you should thank God that we are on separate sides of the state.


Hope you're okay. At least I gave you something to hate,

Brooke

effin' crazy

Querida Emma,

Dá-me um abraço. A minha cabeça vai rebentar.


I have a boo boo,

Emma.

domingo, 15 de março de 2009

Construções

Querida Emma,


Ela…
Ela sempre fora calma.
Ele…
Ele já não é o que era.
Sentada num banco do jardim, respirava fundo, para tentar controlar a sua respiração. Algo lhe afectara o seu temperamento.

Descontrolado, transpirava raiva e ódio.
Deslocava a atenção daqueles que passavam por aquele banco do jardim: estava coberta de ouro e espalhava a sua beleza exaltada. Ela era sem dúvida razão suficiente para despertar o sentimento incontrolável da inveja.

Caminhava apressado pelas ruas apertadas da vila quando algo deteve a sua atenção.
Olhava os outros com inveja, quando sabia que era ela a invejada. Ela era o sonho de todos, mas sonhava em ser a realidade de cada um. As exigências que lhe eram impostas levaram-na à exaustão, fizeram dela prisioneira, apenas porque fora amaldiçoada com o dom da beleza. Num suspiro desejou ser fugitiva. Desejou traçar liberdade além fronteiras. Desejou poder respirar sem ter prévia autorização. Desejou sentir o seu coração a bombear o sangue para as suas veias. Desejou sentir que tinha pulsação, e que não era apenas o trapo que se sentia.

Uma lata de Coca-Cola desencadeou nele uma fúria incontrolável. As veias da sua testa ficaram salientes ao lembrar toda a aversão ao que presenteou na noite passada.
Noite anterior tudo tinha mudado. Agora, ali sentada, a brisa relembrava-lhe que tinha os olhos a arder por ter chorado a noite toda.

Uma simples garrafa de Coca-Cola, fora o desejo da sua esposa. Como podia ele dizer “não” a um inocente pedido? Com os trocos que ganhou como recompensa no trabalho, saiu da casa para ir satisfazer o seu desejo. Felizmente a mercearia ao lado já tinha reaberto das obras, por isso demorou menos do que estava a espera. Feliz porque ia contar à pessoa que mais amava que finalmente tinha sido promovido, e que assim já lhe poderia proporcionar uma vida mais confortável, abriu energicamente a porta.
Como era possível sentir-se asquerosamente usada, manipulada e enganada. Confiara e deixara entrar um homem na sua vida que lhe deu tudo: promessas, sonhos, ouro, conforto e uma vida de escrava. Dama de companhia era o seu nome socialmente aceite, mas sentia-se um trapo nas mãos daquele homem que fez da sua vida e da vida de outras raparigas uma verdadeira escravatura.

A sua visão fora desastrosa. Impossível até. Nunca tinha imaginado ver a sua mulher enrolada nos braços do seu patrão. E o que mais lhe custou foi ver que os seus olhos transpareciam a felicidade que nunca tinha visto quando ela olhava para ele. Tudo aquilo que acreditava desfalecia à frente dos seus olhos. O amor-próprio estava desvanecido e o repudio em crescente. Fechou a porta atrás de si, e jurou que a sua visão resumia apenas memórias do passado.
Mas no inferno do cativeiro, surge um clarão de luz que a atira de novo para os braços do sonho da liberdade.

Ele desprezava os rostos que condenavam o seu aspecto. A decência fora-lhe roubada, e só lhe restava a decadência que usava para deambular pelas ruas.
Ela correu, correu o mais que pôde. Correu deixando cair as lágrimas que lhe lavavam a alma do pecado. Correu até cair de exaustão na calçada.

Algo envolvido em trapos prendera a sua atenção. Como era possível existir uma criatura ensanguentada capaz de exaltar mais decadência que ele próprio? Pressentiu alguém a ajoelhar-se e a limpar-lhe o que pensava ser lágrimas. Sentiu o seu toque.

Ali, diante dos seus olhos, e envolvida nos seus brancos estava a criatura mais esbelta que ele alguma vez vira.

(…)

Fechou os olhos. Queria sentir de novo aquele toque. Foi isso que a trouxe aquele banco de jardim. Olhou para si. A bondade e gentileza proporcionaram – lhe o necessário. Cama, comida, banho e roupa. Mas algo ainda a prendia ao passado. Libertou do seu corpo o peso pesado do ouro que lhe vincava a pele e escondiam as cicatrizes da vida de dama.

A visão da rapariga era mais intensa e importante que a da lata de Coca-Cola que ainda estava diante dos seus olhos. Chutou-a para longe expulsando todas as recordações enraivecidas. Tinha alguém para reencontrar.
Sentada naquele banco de jardim, rodeada de paz, sorriu.


Lá estava ela. Calma e serena. O coração palpitava-lhe das mãos quando ele a tocou.
Quando ela o sentiu, fechou os olhos e desejou que durasse para sempre. O seu sangue foi bombardeado mais forte que nunca. Sentiu-se finalmente livre de si.


Uma aura de penumbra envolveu-os: encontraram um no outro aquilo que mais ambicionavam: ainda que ilusória, a felicidade.



Too much love,

Brooke


p.s - escrito por Mariana Rodrigues

segunda-feira, 9 de março de 2009

argumento

Querida Brooke, 
Tive recentemente um teste de argumento, em que uma questão era fazer uma cena com o tema "amor/ódio" ou um dos dois. Eu escolhi o tema "amor"...e demorei muito tempo até escrever isto:

Cena 1/ Interior - Quarto/ Manhã

Num quarto muito desarrumado, com almofadas, mantas, sapatos, e papéis espalhados no chão, copos de plástico brancos com champanhe em todas as prateleiras e na mesa de cabeceira. O roupeiro tem as portas abertas e a roupa está amontoada nos cabides e nas gavetas. Na cama estão três pessoas, um rapaz e duas raparigas. A cama já não tem lençóis, mas tem muitas almofadas. Uma das raparigas está a dormir profundamente num canto da cama que é perpendicular com um dos lados do roupeiro, e ela está encostada a esse lado do roupeiro. O quarto tem os estores da janela fechados, apenas com dois feixes de luz. Não se vê nada, a não ser uma sombra muito ténue. O despertador electrónico na mesa de cabeceira marca as nove horas e quarenta e cinco em grandes letras amarelas que contrastam com a escuridão do quarto. O rapaz e a rapariga estão acordados, estão sentados de pernas cruzadas frente a frente ao lado da rapariga que dorme. 
Joana
(olhando para o relógio)
A minha mãe vai me matar.
Disse-lhe que ia para casa às quatro e meia.

José
(inclinando-se para a frente)
Não vás. Ela é tua mãe, não te mata!
(sussurra)
Beija-me...

Joana inclina-se também para a frente, põe a mão no seu joelho e aproxima-se do ouvido de José. José põe a sua mão sobre a mão de Joana.

Joana
Tudo a seu tempo.

Joana afasta-se um pouco para lhe beijar testa. Sai da cama, e pega na sua mala. Abre a porta do quarto que faz entrar uma luz forte que ilumina a sua cara e o seu longo cabelo loiro. Joana olha mais uma vez para José, esboça um sorriso, sai do quarto e fecha a porta levemente.



ICA ARE YOU WATCHING THIS???

Emma

Ps- Se não comentarem esta carta vou comer o vosso cão e aparecer nos vossos sonhos a arranhar um quadr... esqueçam, vou só aparecer nos vossos sonhos e fazer muitas coisas más!

Pps- Dailybooth é 50 vezes melhor que Twitter. Follow us!! Emma Brooke

domingo, 8 de março de 2009

Escolhas


Querida Emma,


Não há nada que faça mais pensar na vida do que se estar a inscrever para exames que provávelmente não me vão servir de nada a não ser levar um raspanete do meu pai daqui a um ano quando lhe disser que se calhaaaaar quero ir para Comunicação -.-


Please don't read this dad,

Brooke

terça-feira, 3 de março de 2009

momentos cheese

Querida Brooke,


Queres conhecer o amigo imaginário mais irritante, repetitivo, cansativo e divertido do mundo?
Chama-se Cheese e eu estou apaixonada por este anúncio:








What are you doing? I'm in nirvana, smashing pumpkins to make a pearl jam.


You let me,
Emma

domingo, 1 de março de 2009

Quero

Querida Emma,

Quero um estádio cheio de gente para ver uma banda de Rock. Quero cabelo comprido. Quero uma tatuagem secreta. Quero que os Linkin Park não interrompam. Quero comer Sushi. Quero viajar pelo mundo. Quero os anos 90. Quero gritar “Keep on Rockin’ in the Free World”. Quero as Donas de Casa Desesperadas até á 20ª série. Quero que ele diga amo-te. Quero uma cerveja num festival. Quero um beijinho á beira-mar num dia de chuva. Quero furar a língua. Quero cantar com o público. Quero dançar á volta de uma fogueira e tocar ukulele. Quero Mcdonalds ao domicílio. Quero ver os Pearl Jam outra vez, no mesmo sítio, da mesma maneira. Quero México. Quero dançar uma balada sem música. Quero partir uma guitarra. Quero um chazinho na varanda ao pôr-do-sol. Quero pintar as paredes do meu quarto. Quero Verão. Quero encores de duas horas. Quero exagerar.

Pleeease,
Brooke