A saga continua.
Cena 1/Interior - Quarto/Noite
Num quarto impecavelmente organizado, canetas separadas por cores e ordem de utilização, sem um grão de pó à vista, Joana espera impaciente no quarto escuro que é apenas iluminado pela luz da rua. Passados poucos minutos recebe a mensagem "Cheguei". Joana abre a pequena janela do quarto, e com o comando abre o portão que daria entrada para a garagem. Àquelas horas era a maneira mais silenciosa de o deixar entrar. O candeeiro do outro lado da rua dá luz ao vulto
de José que entra no seu jardim da frente.
Joana
(sussurrando)
Estava a ver que não chegavas
José aproxima-se e dá-lhe um leve beijo na cara.
José
Como é que entro?
Joana
(esboçando um sorriso)
Pela janela
Mais uma vez, é a opção mais silenciosa. A porta principal da casa é de madeira pesada, e faz demasiado barulho, e já que José está a entrar quase ilegalmente em casa dela, ao menos que o faça à séria.
José
Os teus pais?
Joana
Estão a dormir, não podemos fazer barulho.
Em vez de uma cama normal, Joana tem um sofá-cama. Este quarto só é utilizado como tal quando há visitas, porque normalmente é o escritório onde ela estuda e faz os seus extensos projectos.
Os dois sentam-se no sofá lado a lado. Ela tem as pernas cruzadas e abraça-as contra o peito, ele olha à sua volta e pensa que nunca viu nada tão organizado na sua vida. Até o consegue ver no "lusco-fusco", por isso era impressionante. Joana e José falam durante horas, dos temas mais variados, com algumas trocas de olhares pelo meio. Não podem falar, apenas sussurrar.
José
Não sei se te lembras, mas estás a dever-me uma coisa hà muito tempo.
Joana aproxima-se e dá-lhe um beijo. Um beijo com todos os sentimentos que tem guardado desde que lhe negou o primeiro. Os dois adormeceram, e acordaram poucas horas depois com os primeiros raios de sol da manhã. Era hora de José se ir embora antes que os pais dela acordassem.
José
Cumpriu as minhas expectativas, Bom Dia.
José sai pela janela, e depois pelo portão por onde entrou. No quarto Joana senta-se de novo no sofá, e sorri.
Eu sei que está uma treta, e é pouco original se o formos comparar com o beijo da Alaska e do Pudge, mas obrigaram-me. Para quem não percebeu, é a continuação desta carta.
Duas cartas seguidas sobre beijos... interessante, hein?
Fuck Yeah Kissing,
Emma